quarta-feira, 28 de agosto de 2013

As manifestações de 1989


Conheça as manifestações que moldariam o Mundo e a China

(com vídeo)




A 15 de Abril de 1989, em Pequim, milhares de estudantes juntavam-se para manifestarem o seu desagrado contra o Governo Chinês do Partido Único controlado pelo Partido Comunista chinês.
Os estudantes acusavam o governo de ser corrupto e de não dar qualquer liberdade de expressão ao povo chinês.
Com o passar das semanas, várias outras pessoas se juntaram ao protesto, desde de professores a militares que pediam pacificamente uma China mais livre.
A 20 de Maio o protesto estava a decorrer de tal forma que o Governo emitiu lei Marcial, convocando militares de outras áreas mais longínquas da China, impondo um recolher obrigatório, e retirando toda a imprensa internacional e controlando rigidamente a própria imprensa chinesa.
Mas os manifestantes não cederam e continuaram a protestar pacificamente o que iria resultar num total de sete mil mortos e dez mil feridos civis.
Ainda hoje não se sabe ao certo o número total de manifestantes que se juntaram, mas pensa-se que tenham sido perto de 10 milhões.
O auge das manifestações foi na Praça Tiananmen (curiosamente em chinês o nome da praça é Praça da Paz Celestial) quando, a 5 de Junho, o Governo mandou o exército avançar com tanques seguidos de infantaria para a Praça onde se encontravam o maior número de manifestantes.
Mas a marcha dos tanques foi interrompida quando um homem que voltava das compras (chamado hoje de Herói Desconhecido pois não se conhece o seu nome) se põem à frente do primeiro tanque, impedindo-o de passar durante bastante tempo (vídeo abaixo).
Eventualmente o Herói Desconhecido foi afastado, e os tanques e os soldados atacaram os manifestantes que, desta vez, tentaram se sucesso contra-atacar o exército.
Por fim, a 4 de Junho (no conhecido como Massacre de 4 de Junho) os manifestantes que pacificamente queriam fazer uma revolução que torna-se a China num regime aberto e pró-Ocidental, foram de vez removidos.
A abertura da China só se veio de facto a realizar com o retorno ao poder de Deng Xiaoping em 1992 que poria a China segundo o seu lema de "um país dois sistemas" referindo-se a uma abertura extrema ao capitalismo mas também à manutenção do comunismo, conciliando a China politicamente dividida.
Actualmente a China continua a ser um país com dois sistemas, que infelizmente tende a esquecer o ano de 1989, que podia ter acabado de vez com o partido único e com o comunismo.



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